Monday, November 20, 2006

...


that´s that´s that´s that´s
...................
WHAT´S THAT???...

é...,que algum dia você enlouquece de uma
vez!...e esquece de quem te entregou tanto sofrer...não encontra as palavras,
não encontra os caminhos, é andando de forma segura e sem saber...ê...imagina se os dias pensassem em se entregar!...o seu fôlego
casto perdido entre o mar...impossível, os dias não pensam em se entregar, os
dias se entregam sem pensar, fazendo de si os tijolos de ser, existir,
pertencer ao mistério diário do grande universo do Ser...
é...,de certa forma é certo, de
certa forma, insano!como, assim, se entregar de uma vez e pra sempre à vida
crescente, que nasce sem saber?!...entregar-se também à miséria, à morte, às
praias de prazer...se eu fosse um dia, pensava em me esconder! ôh,dia!,não passa
na tua cabeça, no teu coração, quanto fazes sofrer o teu coração, quanto fazes
feliz o teu respirar!, tanto canto de conto, de certo, profano, contato,
contraste,com certeza nem pensas, se amas te entregas à vida sem
pensar...

Thursday, September 07, 2006

1/3 - Um terço



ah! um suspiro, e 1/3 de olhar
e,então,a distância; o chamado; o luar
na rua de Sá; saiu e viu o mar
e encontrou, te descobriu; tornou voltar Metade-olhar.
derruir d´alma, água, fina escuridão
destrar, destrar-me a ti,então;não! desalma o medo
vem,desabafa o perdão, pede pé, um chão, humana mão,
troço de dentro da pedra, sem reserva, pedra de algodão
vendo,vendo,revendo, nada, em casa um correio, talvez
esperança, talvez, inconstância! Desperta o frio do fio
de seda, desafinado fato; respiro,ação,e um só segundo
inteira de teu olhar, e,então, inteiro o teu olhar;
e 1/3 é pingo,excerto,arcaico,envelhecido 1/3...
silêncio, sol, ar verde, passo em branco, manco, ...
certo seu Inteiro-olhar. . .

Friday, July 21, 2006

desabafo



(...)
" Quando até a fadiga do profundo de mim cansada está de ser quem é
O que sobe do meu coração é pus somente,
assim como as aves alçam vôo em debandada quando chega um predador
assim como espanar um lençol velho e contemplar subir os ciscos de sujeira e o pó
é assim que sobe pus do meu coração
sobe,vem de dentro da terra pra cima; e não se contém com a visão: tem de ser inundação.
brotando como água porque precisa sair! "
(...)

Wednesday, March 29, 2006

dezembro,2004

REDENÇÃO
Não me lembro mais de ti, amor!
E, agora, recordo os teus olhos frios, as tuas palavras mudas, teu toque gélido.
E, agora, somente agora-agora,
teu amor são impressões seresteiras, especialmente ritmadas e desconcertantes;
e assim sinto, imersa, então afogada, e descalça…
Descalça, desnuda; distinta na fusão dos solos arbustivos de verão,
das árvores,dos cantos, inspirando-expirando formoso chão; e assim,
mesmo sem querer, me fazes crêr no perigo do amor!…
Me esqueço, amor, dos teus olhos, do riso do teu coração, das tuas palavras,
da luz do teu olhar na cumplicidade de saber que estás em mim;
e creio em tua bondade, que agora! – cristalizada.
Imagens, figuras que tenho de ti, faço de ti, estáticas tornaram-se, no mel-melaço;
mel-melaço tão estático como tuas auroras;
misturou-se tudo, diversas, esparsas..., teu toque é-foi-está gélido, e a tua presença;
Distraem – como os véus do mar quebram na praia – esvoaçantes, de secos, paz e perdão e distantes suspiros ávidos, entretecidos de sol…
E formou-se tão leve espuma de vidro, e depois de aço;
fazes tanto Trevas das tuas presenças – minto! – das tuas Ausências,
depois de estonteantes figuras desbravadoras, tão doces que desbravadoras;
perco-me, amor, nos teus olhos frios, no toque gélido, na presença aberta de ferida morta…
Se pudesse, teria essas palavras gravadas, mas tudo é de graça,
tudo vem e tudo passa, e os teus ventos brincam de fugir-jogar-se-ao-longe-e-nunca-vir,
como os pássaros incrustados – agora – no nada!
No nada – não! –, aí cresce o tudo, o infinito sem-fim; chega-me, Natureza bruta, diamante bruto, porque te perdi, silenciou-se o teu peito, teu choro afinado e fugaz, a graça das tuas faces-cristal e tudo tornou-se fim…
Par, meu amor, fúlgido de tamanha presença interior – e verde, da cor de águas, desajustadas,
desnorteadas
e fortes de destemor, clareadas de sol do pôr-do-sol,
no dorso das nuvens e peixes, estruturadas na deslembrança, na perdição dos sentidos…
Certeza que tenho é de encontrar-te, reencontrar-te, a cada novo, a cada dia, a cada esperar;
porque se te lembro tão morto, necessito tão vivo;
(vivificando o que tenho de ti, pertencendo a ti e amando o teu brilho, teu olhar e tua luz…
entregar-te a graça que envereda o coração meu…) o perigo do amor…
"EU JÁ me deixei totalmente em teus braços,em teus laços,em teus lábios, costurei minha pele à tua, e agora o sangue: quem há de amputar? quem há de tratar? quem há de furar de novo os meus olhos?..."