Saturday, May 09, 2009



Irei ler algo seu e sem fim, ao fio de mim perder teus sóis
dó meu
nesta certeza inconstante
de antes, talvez me refazer
um detalhe feliz, em teu sofrer

Pois,
que se a dor se transforma em pão,
de açúcar será
que alimente-me, esse pão
minérios, quem sabe, pedras e mistérios.
Metros, quilos, milhas, caminhos e asas
da seiva cedendo à secura da terra
e à brancura dos ventos sedentos.

Nessa espera,
A espreita, decalquei teus dedos rasgos
e plantei-os nascidos do sopro ao cais
Calei-me luz, teu jejum severo silêncio
me assalta a escrita
outrora fugaz

Esse teu doce cuidado,
fala macia,
música vinda...
Essa Riqueza entranhada no peito dos amores...
Lerei teus gestos, desmanchar-me-ei longe a olhar
e logo que assim por mais, regenere a minha carne pasma,
embrutecida estarei mais uma vez
por longe estar

As construções
portuguesas, falantes, os brilhos e acentos.
Bolhas fervilhantes, esmaltes, espaços e trinos,
Quem sabe refazem-se em doce menino
ou menina estrelada nos céus do rio..?

Toda lua em si escreve e cresce nos olhos sutis da saudade...

...chamada de mar,
salgados de dor,
de um salvo querer,
incessante querer!
A lágrima vã vai instigante,
Eia abrupto pensante!
e distorce o “amém” sob as águas do meu fel perdido

Porque a fio de mim, lida,
Teu cortante traço lembrando-me do início
ao fim de ser distante,
O quanto antes queira o seu pudor
ser algo passageiro, esvoaçante,

Desnuda-se dos panos!
beba Amor!

De tantos dedos - alvos conseqüentes - abri-me relicário indulgente
e nós, rostos-laços
florescemos cobertores de palavras contentes,
na imensidão do algo nosso que sem fim
prosear-nos-á amantes....



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